
Pesquisa & Desenvolvimento





Projeto Khaya
Sistemas agroflorestais em plantações de mogno-africano: impactos silviculturais, econômicos e ecossistêmicos
Link para o projeto: https://www.embrapa.br/busca-de-projetos/-/projeto/211951/sistemas-agroflorestais-em-plantacoes-de-mogno-africano-impactos-silviculturais-economicos-e-ecossistemicos
Instituições: Embrapa Agrobiologia
Universidade Federeal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Equipe: Felipe Martini dos Santos (UFRRJ); Guilherme Chaer (Embrapa - coordenador); Eduardo Vinícius da Silva (UFRRJ); Alexander Silva de Resende (Embrapa); Sergio Miana de Faria (Embrapa); Claudia Pozzi Jantalia (Embrapa); Ernani Jardim Reis (Embrapa); Marco Antonio Monte (UFRRJ); Bruno Araujo Furtado de Mendonça (UFRRJ) e Gilberto Terra Ribeiro Alves (Sucupira Agroflorestas)
Resumo: A cultura do mogno-africano (Khaya spp.) tem despertado o interesse de silvicultores, devido ao seu alto potencial de retorno econômico no longo prazo. O mogno-africano apresenta madeira de excelente qualidade atingindo elevado valor no mercado nacional e internacional. Normalmente, o monocultivo do mogno-africano é implantado em densidades que variam de 25 a 36 m2 por árvore, o qual somente é necessário quando as árvores atingem maturidade de copa e do sistema radicular, período este que ocorre entre 10 a 12 anos após o plantio. Até essa idade, a área subaproveitada pelo mogno-africano (linhas e entrelinhas de plantio) pode ser usada para o cultivo concomitante de outras espécies arbóreas madeireiras e espécies agrícolas (perenes e anuais) em sistemas agroflorestais (SAFs). No entanto, pouco se sabe a respeito dos benefícios desses sistemas de produção mais complexos sobre o crescimento e produção de biomassa das árvores de Khaya spp., sobre os possíveis serviços ecossistêmicos (externalidades positivas) prestados ao ecossistema local (ex., aumento da ciclagem de nutrientes, aumento da qualidade do solo e do estoque de C, etc.) e, principalmente, sobre sua viabilidade econômica. Este projeto tem como objetivo geral implantar e avaliar, durante os primeiros anos de cultivo, sistemas de produção de mogno-africano com diferentes níveis de biodiversidade em relação a aspectos silviculturais, ecossistêmicos e econômicos. O estudo será implantado em propriedade rural no município de Valença-BA, região de influência do bioma Mata Atlântica. Os níveis de biodiversidade serão estabelecidos em área de produção de Khaya ivorensis e Khaya anthotheca com três anos de idade onde serão implantados tratamentos com e sem condução seletiva da regeneração natural e com e sem introdução de outras espécies para formação do SAF (aipim, mamão, banana, cupuaçu, pupunha, juçara, cacau, jabuticaba, jacarandá-da-bahia e vinhático). Dentre os objetivos específicos serão avaliados como o aumento de biodiversidade afeta (i) o desenvolvimento do mogno e o potencial de produção de madeira, (ii) a alocação do C na biomassa aérea e subterrânea; (iii) a conservação e ciclagem de nutrientes; (iv) o potencial de sequestro de C; (v) a qualidade do solo e (vi) o retorno econômico para o produtor. A hipótese a ser testada é a de que sistemas de produção de Khaya spp. com alta biodiversidade (SAFs) possuem maior produção primária líquida em função do maior aproveitamento e conservação de recursos (luz, água e nutrientes), em relação aos sistemas de baixa biodiversidade (monocultivos), impactando positivamente os serviços ecossistêmicos e o retorno econômico. Os resultados desse estudo poderão indicar se os sistemas de produção de mogno-africano em SAFs podem representar uma alternativa de uso do solo tanto para a agricultura comercial em pequena ou média escalas, quanto para a agricultura familiar de subsistência. Ademais, os sistemas de alta diversidade a serem testados poderão representar uma alternativa para a recomposição de áreas de reserva legal (RL) com concomitante retorno econômico, conforme materializado na Lei 12.651/2012 (Legislação Florestal Brasileira). Os modelos testados e os resultados a serem obtidos são potencialmente extrapoláveis para outros ambientes e regiões do bioma Mata Atlântica.
Projeto VERENA
Valorização Econômica do Reflorestamento com Espécies Nativas
Link para o projeto: http://www.projetoverena.org/index.php/pt-br/
Fundadores e apoio financeiro: Children’s Investment Fund Foundation (CIFF)
WRI Brasil
União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)
Roberto Waack - Presidente da Fundação Renova
Sobre: "Um dos seus objetivos é demonstrar a viabilidade técnica e econômica da restauração e do reflorestamento com espécies nativas em larga escala, destacando os benefícios sociais e ambientais da atividade. Insere-se no contexto da contribuição brasileira para a solução do desafio climático, com foco na ampliação da cobertura florestal em áreas degradadas e no fortalecimento da economia florestal e de baixo carbono.
Para cumprir sua missão, o VERENA trabalha com as mais representativas experiências (business cases) da atividade no Brasil. Uma equipe formada por economistas, engenheiros florestais e agrônomos especializados nas áreas florestal e agropecuária analisa como tais experiências foram construídas e sua cadeia de funcionamento. Esses especialistas estudam também os gargalos e fazem recomendações para o aprimoramento de políticas públicas visando a remoção de barreiras e a criação de incentivos para uma nova economia florestal. A partir desse trabalho, são desenvolvidos modelagens econômicas e planos de negócios consistentes e robustos para que as experiências das diferentes tipologias do contínuo florestal possam ser replicadas.
O VERENA também se dedica a entender e a analisar o comércio de produtos florestais finais e suas tendências. Assim, é possível redimensionar as percepções de risco e de retorno frente à atividade para avalizar investimentos do mercado e de produtores rurais." Texto copiado do site do projeto.
A Sucupira Agroflorestas está participando do VERENA como caso de estudo.